“ No I Ching, as limitações são simbolizadas pelos nós do bambu, limites que dão forma à obra de arte e a vida. Os limites são regras de um jogo a que voluntariamente nos submetemos ou circunstâncias que escapam a nosso controle e exigem de nós uma adaptação.”(Nachmanovith, 1993)
O conhecer seus limites e saber impô-los é uma arte a ser aplicada e desenvolvida no decorrer da vida. A ansiedade em ser aceito no berço familiar, no convívio social, o reconhecimento profissional no ambiente de trabalho e nos meios religiosos fazem com que o sentimento de medo da rejeição seja forte e paralise qualquer atitude de impor limites aos outros ao respeito de seu espaço. Com isso os sentimentos internos ficam sufocados e escondidos, fomentando uma baixa autoestima, anulação emocional, passividade e inércia nas atitudes até uma deformação na auto imagem podendo gerar complexos. A arteterapia traz uma jornada de autoconhecimento, de respeito próprio, de conhecimento das potencialidades e das fraquezas do indivíduo, de clareza para defesa pessoal emocional. Contribuindo para que as ações com poder de limites possam vir a consciência e serem vivenciadas gerando qualidade de vida e empoderamento de auto estima para saber dizer não e preservando suas energias vitais socioemocionais.
Referências Bibliográficas:
Nachmanovitch, Stephen. O ser criativo- O poder da improvisação na vida e na arte. São Paulo: Ed. Summuus, 1993, pág. 81.