Para Carl Gustav Jung (1875-1961), a Psicoterapia consiste num grande encontro onde um Sistema Psíquico interage com outro Sistema Psíquico. Essa interação clínica se dá através de um Processo altamente dinâmico que denominamos “Método Dialético”.
A Dinâmica da Interação Clínica entre Psicólogo – Paciente, vai se desenvolvendo durante o Processo Terapêutico. Essas duas pessoas iniciam uma relação e passam a interagir em dois planos: Atitudes e Motivações. Ambos são compostos por aspectos Conscientes e Inconscientes.
Por isso, é extremamente importante que o Profissional em Psicologia esteja bem resolvido com suas questões pessoais, envolvendo relacionamentos pessoais, sociais e principalmente emocionais, para que essa dinâmica de interação se desenvolva de forma saudável e eficaz para o tratamento do Paciente.
Caso o Psicólogo não esteja emocionalmente bem resolvido, corre-se o risco de transferir todo esse conteúdo problemático no processo de análise, comprometendo assim todo um trabalho de Psicodiagnóstico.
Sobre essa questão complexa da Prática da Psicoterapia, Jung nos aponta que:
“Aquilo que não está claro para nós (terapeutas), por que não queremos reconhecer em nós mesmos, nos leva a impedir que se torne consciente no paciente, naturalmente em detrimento do mesmo”.
(Jung, A Prática da Psicoterapia, p18)
O Psiquiatra Suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) ressalta a importância da Análise para o Analista. No entanto, atribui a Sigmund Freud esta grande descoberta de que o Analista não é um ser superior, dotado de uma força suprema, pois nós psicólogos também temos complexos que necessitam ser elaborados.
Para que todos os nossos complexos sejam bem trabalhados e assim não influenciam na Dinâmica entre paciente e terapeuta, é importante que o Analista siga constantemente três caminhos fundamentais que denominamos como o “Tripé da Psicologia”:
1. Terapia (Análise Pessoal);
2. Grupo de Estudos;
3. Supervisão Clínica.
A Terapia é fundamental para o conhecimento de si mesmo e a elaboração de conflitos pessoais.
Estar em análise é regra fundamental para o profissional da área de Psicologia.
É preciso estar em equilíbrio emocional para que o terapeuta possa ajudar o outro a encontrar o seu ponto de equilíbrio.
O Grupo de Estudos é um espaço rico onde o Psicólogo está sempre aberto a novos conhecimentos, pois o estudo para o profissional é constante. O Terapeuta nunca deve parar de estudar e buscar novos caminhos e idéias que são expostas através de um grupo de pessoas apaixonadas pela Psicologia que se reúnem e trocam informações.
E por fim, a Supervisão de casos clínicos que sempre é realizada por um terapeuta mais experiente.
Através da Supervisão, o profissional da Área de Psicologia adquire o apoio e os suportes necessários para desenvolver o tratamento com seus pacientes, principalmente com os casos mais complexos que nos deparamos em nosso consultório.
Por essa razão, é muito importante que o Terapeuta esteja sempre em processo de Análise, Grupo de Estudos e Supervisão.
É fundamental a compreensão de si mesmo para que assim, possamos compreender o outro.
Através da análise do próprio eu, do conhecimento das próprias incapacidades, limitações, paixões e sofrimentos psíquicos, é possível, pela própria experiência, alimentar a capacidade de ajudar o outro.
Venha participar do nosso grupo e supervisão na abordagem Junguiana com a Hellen Reis Mourão
Local Instituto Freedom Rua Luis Góis 1205 1º andar Vila Mariana próximo ao metro Santa Cruz
Dia 10 de novembro quinta feira das 19:30 as 21:30
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https://institutofreedom.com.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CUNHA, Jurema Alcides – Psicodiagnóstico V – 2000
JUNG, Carl Gustav – A Prática da Psicoterapia – 16ª Edição, Ed. Vozes- 2013