Tudo na vida pode ter um significado simbólico.
Objetos, sonhos, manifestações artísticas e até mesmo a arte e a religião em tempos passados. A história retratada em pedras e pinturas nas cavernas, tumbas e monumentos.
Deuses, mitos e heróis também formam símbolos/arquétipos que permeiam nosso imaginário, assim como os contos de fadas que ouvimos quando éramos crianças.
Até São Jorge e o dragão podem ser vistos por muitos quando olham a Lua.
Podemos ver símbolos em todos os lugares e eles acabam fazendo parte do nosso mundo inconsciente.
Criamos hábitos, rituais e interpretações diversas para eles.
As oficinas arteterapêuticas, nos apresentam imagens que emergem do inconsciente do atendido e quando chegam à consciência apresentam-se cifrados e só podem ser compreendidos pelas falas e depoimentos dados pelas pessoas.
Muitas vezes esses símbolos, as pessoas os carregam e os expressam oferecendo desfechos e soluções possíveis para problemas que afetam qualquer pessoa e são comuns a humanidade.
Os símbolos trazem à tona, medos, desejos, dúvidas e conflitos de toda espécie que a pessoa em atendimento precisa trabalhar.
Na arteterapia podem ser manifestados nas expressões artísticas, mas como dito anteriormente, somente com a explanação do atendido é que ele pode trazer à tona a questão que tanto o acompanha.
Assim, com o decorrer do processo arteterapêutico o indivíduo vai encontrando suas respostas para suas questões mais íntimas.
Não cabe a nós arteterapeutas interpretar os símbolos e imagens trazidas pelo atendido, mas fazê-los compreender a importância disso tudo em suas vidas.
Como já dizia Jung: “Até que você torne o inconsciente em consciente aquele irá direcionar a sua vida e você terá que chamá-lo de destino”.
Bibliografia:
Jung, C. G. O Homem e seus Símbolos. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2016
Santesso, W. A. N. A Arte Como Forma de Ressignificação/ Técnicas de Oficinas Expressivas. São Paulo, 2015
TOMMASI, S. M. B; SOARES, L. F. M. O Herói nos Mitos Gregos/ em Arteterapia e Educação. Rio de Janeiro: Wak, 2015
Texto escrito por Samantha Briant, Arteterapeuta.