Caro leitor, neste artigo quero partilhar um tema muito complexo ao mesmo tempo subjetivo: a dor. Portanto, devemos sempre ter em mente que todos nós somos seres individuais e com suas particularidades conscientes e inconscientes.
A princípio, deve-se deixar claro que não devemos medir o tamanho dos sofrimentos e das dores das pessoas e muito menos compará-los. Afinal, um sofrimento pode ser de extrema complexidade para você e para o outro, ele pode não representar nada e vice versa!
Para compreendermos este tema, primeiramente é preciso compreender o significado e a origem da dor no contexto do plano físico. Além disso, é preciso se aprofundar na análise do sentido do sofrimento psíquico que esta dor pode representar no sentido de nossa existência.
Origem físiológica e inconsciente
A dor física serve como um alarme de que algo não está bem no nosso corpo. É ela que nos mobiliza a buscar a prevenção e até mesmo a cura. Mas não é apenas do corpo que ela fala, já que ela é também uma expressão simbólica do inconsciente, da alma.
Por isso, temos que estar atentos às aspirações e manifestações do nosso “eu” desconhecido, pois o corpo e a alma não são separados no contexto da nossa existência.
“Um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuízos ao corpo, da mesma forma que inversamente, um sofrimento corporal afeta a alma, pois a alma e o corpo não são separados, mas animados pela mesma vida.” (Carl Gustav Jung, Psicologia do Inconsciente, p. 105 fundador da Psicologia Analítica)
A psicossomática
Quando compreendemos a dor física e sua expressão emocional como um símbolo, estamos prontos para o início da busca pelo processo de auto-regulação de nossa totalidade.
Segundo a psicossomática, aquela dor de cabeça, que não se sabe de onde vem; as dores nas pernas,; nas articulações; em diversas áreas do corpo; as diversas sensações de mal estar, são na verdade alarmes que se originam de nosso inconsciente.
À medida que essa dor física vai tornando uma proporção maior na vida, as pessoas tendem a personificar a dor, dando a ela um poder de controle muito forte.
Exemplo prático
– Não consegui estudar por causa DELA! (dela = dor de cabeça).
Trata-se a dor como uma pessoa, o sofrimento foi personificado, ganhou corpo e tomou forma.
Pelo fato de representar um pedido de ajuda do inconsciente, um grito de alerta, uma expressão de um sofrimento psíquico, é preciso compreendê-la como um forte e eficaz elemento de transformação.
E qual a melhor forma de olhar para essa dor? Através do processo terapêutico que proporciona a compreensão dessas questões tão importantes.
Encontre seu caminho, busque sempre pelo equilíbrio.
Faça terapia!
Texto escrito por: Evandro Rodrigo Tropéia