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Psicologia Analítica

Individuação, Sonhos e o Self

Publicado por institutofreedom 4 de junho de 2020

Jung era bastante comprometido com a observação séria e o desenvolvimento da psicologia. Suas concepções basearam-se em fatos, muita pesquisa e experiências observadas, dele mesmo, de pessoas ao seu redor e pacientes. Mas é importante mencionar que ele considerava outros aspectos a serem levados em conta, como a imaginação e a intuição, afirmando serem auxiliares muitas vezes indispensáveis dentro da ciência. Ele habilmente buscava a comunicação entre a razão e a intuição, assim validava a experiência (JUNG, 2016).

Um dos caminhos mais diretos que o levaram a desenvolver a ideia do processo de individuação foi através da análise dos sonhos. E não foram poucos sonhos, Von Franz (2016, p. 210) mesmo afirmava que ele dizia ter analisado mais de oitenta mil sonhos. Só aí já é possível verificar sua forte base científica, de pesquisa e pragmática.

E qual é o papel do sonho? Os sonhos tem um papel fundamental para a organização psíquica e da vida do ser humano. Discorreremos mais sobre isso em outros textos.

Mas é fato que os sonhos sempre produzem imagens e cenas, como um palco onde acontecem simples ou inacreditáveis narrativas, personagens conhecidos ou fantásticos, sonhos repetidos ou inteiramente novos. E ao nos debruçarmos sobre eles por um tempo considerável, durante alguns anos, é possível verificar como eles podem conter padrões, temas e também sofrerem alterações lentas, inclusive de conteúdos que surgem, depois desaparecem e voltam novamente a aparecer (VON FRANZ, 2016).

Ao observar esse caminho que eles fazem pode-se perceber que eles estão obedecendo à uma certa direção. Por detrás do processo de individuação haveria um centro regulador regendo esse processo, um núcleo da psique composto pela totalidade absoluta do ser. Jung deu o nome de Self para essa fonte central.

“O self pode ser definido como um fator de orientação íntima, diferente da personalidade consciente, e que só pode ser apreendido por meio da investigação dos sonhos de cada um. E os sonhos mostram-no como um centro regulador que provoca um constante desenvolvimento e amadurecimento da personalidade. No entanto, esse aspecto mais rico e mais total da psique aparece, de início, apenas como uma possibilidade inata. Ele pode emergir de maneira insuficiente ou então desenvolver-se de modo quase completo ao longo da nossa existência; quanto vai evoluir depende do desejo do ego de ouvir ou não as suas mensagens” (VON FRANZ, 2016, p.213)

O processo de individuação leva uma vida inteira e alguns de seus objetivos incluem: trazer luz à escuridão psíquica, integrar as polaridades e tensões opostas, promover o despertar e desenvolvimento da consciência, estabelecer essa relação mais consciente com os diversos aspectos da personalidade. E o sonho é um dos instrumentos, indicadores para trilhar esse caminho.

Nesse momento de dificuldades que estamos atravessando, essa jornada, proposta por Jung, pode te auxiliar muito. Aprofunde seu conhecimento e seu processo terapêutico em direção aos seus sonhos e você poderá ampliar ainda mais a sua consciência para te ajudar em meio a crise. Que você tenha uma ótima jornada.

 

Referências bibliográficas

JUNG, Carl. O homem e seus símbolos. Org. Carl Gustav Jung. Trad. Maria Lúcia Pinho – 3. Ed. – Rio de Janeiro: HarperColins Brasil, 2016

Texto: Alessandra M. Esquillaro – CRP 06/97347

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