No presente artigo, quero partilhar com os caros leitores um tema de fundamental relevância para a Psicologia, em especial para a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung (1875-1961), que é Mito do Herói. Por isso, continue a leitura abaixo para saber mais sobre o Mito do Herói e a Psicologia Analítica.
Todos nós nascemos para ser heróis e heroínas!
A vida é um constante ato de coragem onde travamos inúmeras batalhas e provas pelas quais vamos nutrindo nosso ego e fortalecendo o nosso ser. Por isso, o Mito do Herói é o mais comum e o mais conhecido do mundo, afinal o Herói é uma figura arquetípica que consiste naquele homem ou naquela mulher extraordinária pelos seus grandes feitos guerreiros e o seu valor desempenhado nas mais dolorosas batalhas. Joseph L. Henderson (2008) relata no Livro “O Homem e seus Símbolos”, obra que teve a concepção e a organização de Jung, que os Heróis são mitos que variam muito em seus detalhes, assim como cada um de nós carrega em si a própria história e os próprios detalhes pessoais.
A Fraqueza do Herói vai se transformando em força ao longo da dolorosa Jornada.
Ser herói é caminhar o caminho. Lutz Muller (2017) afirma que este caminho é o processo de Individuação e da vida criativa, pois, trata-se do caminho da mudança, que através da morte nos conduz à vida. Desta forma, este movimento da psique é o que podemos chamar de “Páscoa Individual”. Portanto, este é o caminho do herói e da heroína, o mito do herói nos fascina, afinal ele carrega em si a capacidade de personificar o desejo e a figura ideal do ser humano que todos nós temos, logo, o herói nos serve de modelo.
Portanto, é através de nossa identificação com o arquétipo do Herói somos encorajados a descobrir nossos valores.
Os desafios e as delícias do Mito do Herói:
Por esta identificação com o Mito do Herói reencontramos nele nossos medos e sofrimentos, nossa luta diária, nossos fracassos e sucessos e a nossa caminhada pela sobrevivência. De acordo com Lutz Muller (2017) o Herói representa o modelo o homem criativo, que tem a coragem para ser fiel a si mesmo, aos seus desejos e valores. Então, percebam que temos aqui uma chave fundamental para a vida: A chave da fidelidade!
O mito do herói nos ensina a ser fiel.
- Fiel a si mesmo;
- Fiel aos desejos;
- Fiel aos valores.
O herói que vive em cada um de nós desperta o atrevimento de viver a vida e nunca fugir dela, por isso, é através dele que criamos a capacidade de superar o medo diante do desconhecido e do novo. O Inconsciente, esse fascinante desconhecido, é o caminho necessário para que a Consciência possa iniciar a sua caminhada.
Você é o Herói da sua própria existência!
Portanto, assumir o herói em nós é aprender a exercer o domínio da vida, mesmo em situações que não teremos o controle, afinal, não temos o controle de absolutamente nada, consequentemente, o Herói é aquele que reconhece as suas fraquezas e limitações e as supera com espetacular bravura, muitas vezes em meio a angústias, medos e lágrimas.
Desta forma, não é um processo fácil, pois é muito doloroso e exige de nós a quebra de muitos paradigmas, muitas verdades que se julgavam clássicas na vida vão perdendo a força e a influencia que exercia sobre nós, logo, exige dedicação, motivação e vontade de aprender a lidar com esse universo complexo existente dentro da nossa própria psique.
Por isso mesmo, ser herói é viver essa Páscoa, passagem da morte para a vida, diariamente. O Autoconhecimento faz parte da Jornada. Viva a sua caminhada de forma heroica! O caminho é a meta. É preciso caminhar.
Se você gostou deste assunto, conheça o nosso curso livre EAD A Jornada do Herói. Baseado nos Estágios da Jornada do Herói de Joseph Campbell e na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung. Torne-se o Herói ou Heroína da Sua Existência.
Reflexão e texto feito por: Evandro Rodrigo Tropéia / Instituto Freedom (CRP: 06/143949).
Referências Bibliográficas:
JUNG, C. G. O Homem e Seus Símbolos. Tradução de Maia Lúcia Pinho. Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2008.
MULLER, Lutz. O Herói. A Verdadeira Jornada do Herói e o Caminho da Individuação. Ed. Cultrix, 2017.