Partiremos do princípio de que existe um Insondável Mistério Criador que nos remete a um Grande Segredo, onde não há como se chegar a uma conclusão ou uma resposta direta e concreta.
Estamos falando do Universo mais belo e mais complexo que se tenha conhecimento: A Psique Humana!
É preciso estar integrado com este universo desconhecido.
A Psicologia Analítica nada mais é do que a integração das polaridades: positivo e negativo, o bem e o mal, a luz e a sombra, Consciente e Inconsciente.
Esta integração é realizada através dos símbolos e da Canalização de Energia Psíquica.
O símbolo é aquele que carrega a função de unir/ juntar os pólos.
Segundo Carl Gustav Jung (1875-1961), quanto mais a nossa psique se integra ao universo, mais nos tornamos criativos e inteiros.
A Energia Psíquica consiste em toda energia que realiza o trabalho da personalidade. Carl Gustav Jung (1875-1961) também utilizou o termo “libido”, assim como Sigmund Freud (1856-1939), para definir esse movimento da psique.
A grande diferença é que Jung não limitava a Libido apenas para o contexto sexual. Para ele, quando a libido se encontra em seu estado natural é apetite. Conforme a definição proposta por Jung, a Libido é direcionada aos apetites da fome, da sede, do sexo e também das emoções.
Segundo Jung, a Energia Psíquica é expressa por duas forças:
1) Forças Reais;
2) Forças Potenciais.
As Forças Reais são: Perceber, lembrar, pensar, sentir e querer.
As Forças Potenciais são: as predisposições, as tendências latentes e as propensões.
Todas as experiências do dia-a-dia são instaladas na psique e se transformam em energia psíquica. Até mesmo no momento em que estamos adormecidos, a psique continua em movimento, produzindo através dos sonhos.
A Energia psíquica se volta para diversas direções e pode assumir qualquer tipo de característica.
Segundo Jung, as áreas importantes para se investir uma energia equilibrada são: Corpórea, Familiar, Vínculos amorosos, profissional, social e espiritual.
Carl Gustav Jung também nos direciona ao pensamento de que, tal como a energia física, a energia psíquica também é encaminhada e transformada, isto é, a energia psíquica é canalizada para algo pelo qual damos um intenso valor, como por exemplo, as pessoas que amamos e fazem parte de nossas vidas, nossos trabalhos, nossos lazeres, bem como as doutrinas que são aprendidas e vivenciadas dentro de uma instituição religiosa.
Para Jung este valor nos remete a medida da quantidade de energia consagrada a um elemento psíquico particular. Portanto, através de uma má canalização energética surge o desequilíbrio.
O processo terapêutico é um dos caminhos que podem nos conduzir a uma canalização equilibrada dessa energia, isso nos remete à busca pelo equilíbrio entre Mente e Corpo.
Texto: Evandro Rodrigo Tropéia
Referências Bibliográficas:
HALL, C.S; Nordby, V.J. Introdução à Psicologia Junguiana. Ed. Cultrix, SP, 2003.