O termo “arquétipo” tem origem no grego arché, que remete a algo antigo e primordial. Na Psicologia Analítica, Carl Gustav Jung (1875-1961) utilizou esse conceito para descrever padrões universais inatos que influenciam profundamente a psique humana. Continue a leitura para aprender mais sobre os Arquétipos e psicologia analítica.
O que são arquétipos na psicologia analítica?
Os arquétipos são imagens e padrões primordiais que estruturam nosso inconsciente coletivo. Segundo Jung (2009), o inconsciente coletivo é formado pela soma dos instintos e sua relação com os arquétipos. Assim como possuímos instintos, também herdamos um repertório de imagens primordiais, que moldam nossos pensamentos, emoções e comportamentos.
A influência dos arquétipos na cultura e na psique
Jung observou que os arquétipos se manifestam em diversas formas culturais, como mitologias, religiões, ciências e artes. Eles influenciam desde narrativas antigas até manifestações contemporâneas na literatura e no cinema.
Conforme Von Franz (1992), os arquétipos se expressam através de sonhos, símbolos e representações artísticas. Jung também reforça essa ideia em “A Natureza da Psique”, destacando que os arquétipos organizam ideias e comportamentos, mas só podem ser observados por meio de suas manifestações.
Os principais arquétipos segundo Jung
A Psicologia Analítica identificou vários arquétipos fundamentais. Entre eles, destacam-se:
- Persona: A máscara que usamos para interagir com o mundo.
- Sombra: Aspectos reprimidos da personalidade.
- Anima e Animus: Expressão do feminino no homem e do masculino na mulher.
- Grande Mãe: Representação do cuidado e da destruição.
- Velho Sábio: A sabedoria acumulada.
- Herói: A jornada de superação.
- Self: O arquétipo central, que simboliza a totalidade do ser.
Esses arquétipos atuam de forma autônoma e influenciam nosso desenvolvimento psicológico.
Arquétipos, a psicologia analítica e a transformação psíquica
O autoconhecimento é essencial para a compreensão dos arquétipos em nossa vida. Segundo Nise da Silveira, o arquétipo concentra energia psíquica e, ao se atualizar, gera imagens arquetípicas que influenciam nosso comportamento.
A integração dos arquétipos na consciência é parte do processo de individuação, conceito central na Psicologia Analítica. Esse processo permite a construção de uma identidade mais autêutica e equilibrada.
Os arquétipos são forças invisíveis que estruturam nossa psique e influenciam a cultura. Compreender seus padrões e manifestações é essencial para o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.
Quer aprofundar ainda mais nesse universo? Leia a Parte II e descubra como os arquétipos influenciam nosso dia a dia!
3 comentários
Jung, falou sobre arquétipos com nomes de ogum, oxalá, limanja, oxosi. etc… ?
Olá, tudo bem? Obrigada pelo seu comentário!
Pedimos para nosso professor especialista em mitologia, Rangel Fabrete, formular uma resposta:
“Jung não falou nada a respeito das imagens arquetípicas dos orixás. Porém, ele nos fornece elementos para trabalharmos pela perspectiva psicológica simbólica os mais diversos temas do sagrado.”
Esperamos que sua dúvida tenha sido respondida e ficamos à disposição para esclarecer outras 🙂
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