“Nos produtos do inconsciente, descobrimos símbolos das mandalas, isto é, figuras circulares e de quaternidade que expressam a totalidade, e sempre que desejamos expressar a totalidade, empregamos apenas tais figuras”.
Carl Jung.
A criação de mandalas no espaço arteterapêutico é de grande valia, pois auxilia o paciente a se estruturar ao orientar, ordenar e significar aquilo que o Self lhe transmite.
As mandalas feitas por você revelam uma dinâmica do Self ao criar uma matriz onde a sua identidade única se desdobra. O círculo da mandala reflete o Self como repositório do empenho da psique em direção à autorrealização ou totalidade. Dentro da mandala encontram expressão os motivos do passado comum de todos os seres humanos e os símbolos da experiência individual.(FINCHER, 1998, p.34).
Os materiais para a construção de mandalas na sessão arteterapêutica podem ser os mais variados como tintas, sucata , grãos, folhas, galhos serragem, velas, botões, lápis de cor, giz de cera, EVA, argila… É interessante vinculá-lo ao processo da pessoa atendida para que também seja útil à veiculação e conscientização do diálogo que a mandala estabelece entre o Self e o Ego, entre o Profundo e o Externo.
Jung interpretou a mandala como expressão e símbolo do centro da totalidade da psique ou de si mesmo. Observou que essas imagens são utilizadas para consolidar o ser interior ou para favorecer a meditação em profundidade. A contemplação de uma mandala, supostamente inspira a serenidade e o sentimento de que a vida reencontrou seu sentido e sua ordem. (CHIESA, 2012, p.17).
Maria da Graça Alves Cardoso
Registro na AATESP: 731/0121
Bibliografia
CHIESA, Regina F. Mandalas: construindo caminhos: um processo arteterapêutico. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.
FINCHER, Suzanne F. O autoconhecimento através das mandalas: a escolha das técnicas e cores mais adequadas para a criação de uma mandala pessoal. São Paulo: Editora Pensamento, 1998.
Site
https://www.muitasmandalas.com/blog/frases-de-mandalas/