As pedras na arteterapia podem levar ao encontro com o primitivo por ser um elemento da natureza muito acessível a todos e propiciar uma vivência de memória pessoal, ancestral onde o inconsciente emerja deixando o sentir fluir na visão e no toque da sua pedra. As pedras nos contam histórias geológicas da humanidade, nos falam de memórias ancestrais, da origem do ser, do interior da terra e do céu. Segundo Hillman,” as coisas têm alma”: o tempo, o vento, a água e o fogo transformam as pedras, elas recebem e dão energia cada qual ao seu modo.
“A sintonia com as pedras acontece em ressonância, com as ondas de nossa frequência mental, pois vibramos em curvas oscilatórias de baixa, média e alta frequência, de acordo com nossa vibração pessoal.” Lígia L. Posser
Assim como cada ser tem sua própria alma, na sua própria identidade a pedra carrega em si uma missão, uma mensagem. Abrir um diálogo para o entendimento da mensagem que a pedra traz é mergulhar na intuição, deixar a observação navegar, a sabedoria e as metáforas afloram além da dureza do material. Acredita-se que exista um elo entre a pedra e seu dono e que ela carrega em si propriedades de estruturar, equilibrar, integrar, agregar e reconstruir forças internas. A utilização da pedra na arteterapia pode ser através de diversas técnicas como encáustica, pintura, empilhamento ou outras. Ela nos traz a memória que fazemos parte deste cosmos que nossa essência é simples, milenar e integrativa.
Tricia Penna
arteterapeuta, AATESP 494/0319
Referências Bibliográficas
Philippini, Angela. Linguagens, materiais expressivos em arteterapia: uso, indicações e propriedades. 2 ed, Rio de Janeiro: Wak Ed., 2018
Luz, Anna. O caminho das pedras e dos cristais. 1 ed, São Paulo: Alfabeto Ed., 2020 Posser, Ligia da Luz. Cristalfluidoterapia: a vida por detrás dos cristais. Google books,