institutofreedom
  • Sobre o Blog
Seja bem-vindo(a) ao blog do Instituto Freedom
As Mulheres que Moldaram a Psicologia Analítica
O que é Arteterapia
O que é a UBAAT e sua relação...
Paradoxo da Eficiência: Psicologia Analítica nas empresas
Supervisão clínica na abordagem da Psicologia Analítica
O Potencial Transformador da Arteterapia: Um Caminho para...
A arteterapia de abordagem junguiana
Psicologia e Saúde Mental: A Jornada para o...
Quíron: o cuidador ferido

institutofreedom

Banner
  • Sobre o Blog
Psicologia Analítica

ASPECTOS CONSCIENTES E INCONSCIENTES NA PRÁTICA DA PSICOTERAPIA

Publicado por Instituto Freedom 6 de agosto de 2022

A Dinâmica da Interação Clínica entre Psicólogo – Paciente, vai se desenvolvendo durante o Processo Psicodiagnóstico. Essas duas pessoas iniciam uma relação e passam a interagir em dois planos: Atitudes e Motivações. Ambos são compostos por aspectos Conscientes e Inconscientes.

Segundo Cunha (2000), este processo consiste na identificação de forças e fraquezas na psique. Essa identificação é atribuída a dois modelos:

∙                    Modelo Categórico: qualitativo;

∙                    Modelo dimensional: quantitativo.

Através da coleta de dados, o Psicoterapeuta inicia o seu julgamento clínico e nesta etapa do processo é preciso estar bem atento às questões fundamentais trazidas pelo próprio paciente.

O contato com o paciente é muito importante. Para Carvalho (1955), a expressão contato, se origina da raiz “contactum”, que significa exercitar o tato. Dessa forma, é importante ressaltar que o Processo Psicodiagnóstico nos remete ao ato de tatear pelos meios da angústia, da desconfiança e do sofrimento que o paciente carrega através dessa busca pela ajuda. Tatear é lidar com as mais variadas resistências ao processo, sentimentos e situações desconhecidas.

Segundo Carl Gustav Jung (1875-1961), a marcação de uma consulta é a formalização de um processo já iniciado, precedido de uma angústia intensa e ambivalência. Nesta etapa, o paciente já admite a existência de um grau elevado de perturbação e de intensa dificuldade de elaboração que justificam a necessidade de buscar um auxílio terapêutico.

Zimermann (1992) nos aponta que, as Motivações Inconscientes se encontram nos níveis mais profundos da psique. Essas motivações consistem no motivo real da consulta, que na maioria das vezes, é desconhecida pelo paciente e por todas as pessoas que estão ao seu redor. Cabe ao Psicoterapeuta perceber, escutar, aproximar e observar como o paciente trata a si mesmo e a sua angústia. É preciso observar todos os movimentos, pois estes podem ser importantes indicadores de aspectos Inconscientes.

No Campo das motivações, se encontram o terapeuta e o paciente com seus aspectos Inconscientes, assumindo papéis de acordo com os sentimentos primitivos e as fantasias que carrega em sua mente.

No plano Inconsciente, têm-se os seguintes fenômenos:

  •        Transferência
  •    Contratransferência.

A Transferência é um processo pelo qual o sujeito inconsciente e impropriamente, desloca para o Psicólogo, aqueles modelos de comportamentos e as reações emocionais que se originaram com as figuras significantes de sua infância. Na Transferência, o paciente transfere para o terapeuta figuras como o pai, mãe, irmão, marido, etc.

A resistência do paciente também se caracteriza numa forma de Transferência. Neste caso, o paciente compete, ou tenta obter provas da aceitação do terapeuta, buscando através da manipulação. Muitos atribuem ao psicólogo uma espécie de grande poder, devido a isso lançam o desafio de resolver magicamente os seus problemas.

É preciso diferenciar a Transferência da “Aliança Terapêutica”, que consiste na relação do Ego catalisador com o componente saudável, observador e racional do Ego do Paciente.

Para Jung, é desejável para o tratamento que essa aliança, seja de tal forma fortalecida que o paciente possa depositar sua fé e confiança no terapeuta – um processo, que infelizmente é reconhecido de maneira errada como um modo de manter “transferência positiva”.

Na Contratransferência cabe ao Psicólogo a administração de todos os dados transferenciais. É um processo que requer muito cuidado, pois a Contratransferência consiste num fenômeno terapêutico que ocorre na projeção de aspectos psíquicos do terapeuta para o paciente. Neste fenômeno, o psicólogo pode ficar dependente do afeto do paciente, deixando-se envolver por elogios, presentes e propostas de ajuda, correndo o risco de ser tentado a prolongar o vínculo além do que realmente é necessário.

Torna-se fundamental que o Profissional em Psicologia esteja alerta à Contratransferência e compreendê-la como um processo dentro da normalidade, buscando dar conta de seus próprios sentimentos.

Por essa razão, é muito importante que o Terapeuta também esteja em processo de Análise. É fundamental a compreensão de si mesmo para que assim, possamos compreender o outro. Através da análise do próprio eu, do conhecimento das próprias incapacidades, limitações, paixões e sofrimentos psíquicos, é possível, pela própria experiência, alimentar a capacidade de ajudar o outro.

Encontre seu caminho, busque sempre pelo equilíbrio.

Faça psicoterapia Junguiana!

Evandro Rodrigo Tropéia / Instituto Freedom

CRP: 06/1438949

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CUNHA, Jurema Alcides – Psicodiagnóstico V – 2000

HANS DIECKMAN, Berlim (Revista de Psicologia Analítica – Vol III, nº 1 – Março 1972) – trad. Denise Mathias e João Bezinelli

ASPECTOS CONSCIENTES E INCONSCIENTES NA PRÁTICA DA PSICOTERAPIA was last modified: abril 13th, 2023 by Instituto Freedom
carl gustav jungcarl junginconscientepsicologia analíticapsicologia junguiana
0 comentários
0
Facebook Twitter Google + Pinterest
Instituto Freedom

Post Anterior
Bonecas Matryoshkas, um símbolo com muitas possibilidades Arteterapêuticas
Próximo Post
ÀREA DE ATUAÇÃO DA ARTETERAPIA, saúde mental

Talvez você também goste

PARA QUÊ OU POR QUE?

14 de fevereiro de 2022

O PODER CURATIVO E INTEGRATIVO DOS CONTOS ATRAVÉS DO ATO HERÓICO DE MULAN

29 de novembro de 2021

ESTRESSE : REALIDADE DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA NA CONCEPÇÃO DA PSICOLOGIA ANALÍTICA DE CARL GUSTAV JUNG

28 de novembro de 2017

A REALIDADE INTERNA MANIFESTADA NO SONHO

29 de janeiro de 2018

PRINCÍPIO DE EQUIVALÊNCIA – CARL GUSTAV JUNG (1875-1961)

8 de dezembro de 2022

Individuação hoje?

21 de maio de 2020

O EGO E A SOMBRA

17 de janeiro de 2022

O símbolo da totalidade

18 de junho de 2020

O perigo do racionalismo unilateral

14 de agosto de 2020

O CURADOR FERIDO DE ALMAS

17 de novembro de 2022

Deixe um Comentário

PESQUISA O SEU TEMA DE INTERESSE:

LEIA POR TEMA

  • Arteterapia
  • Logoterapia e Análise Existencial
  • Psicologia Analítica
  • Psicossomática Junguiana

SAIBA MAIS

Instituto Freedom
Footer Logo

@2025 - Instituto Freedom. Todos os direitos reservados.