Conheça a história de uma grande mulher guerreira, muito a frente do seu tempo.
Considerada como o maior nome da História da Psiquiatria do Brasil de todos os tempos. Passado, presente e futuro! Jamais será superada!
Nise da Silveira (1905-1999) tem a sua história de vida profundamente marcada pelos estudos sobre o comportamento do homem e a evolução do tratamento de psicopatologias, destaca-se de maneira especial a sua dedicação para com a esquizofrenia.
Dedicada seguidora dos ideais de Carl Gustav Jung (1875-1961), Nise transformou completamente a forma de tratamento dos doentes mentais, através da utilização da arte como expressão terapêutica, métodos inusuais, segundo ela mesmo sempre ressaltava.
Nise da Silveira é considerada a pioneira na elaboração de pesquisa das relações emocionais entre pacientes e animais, e defendia o fim de tratamentos considerados por ela como desumanos, como o eletrochoque, o uso de drogas e o confinamento clínico.
De acordo com a concepção de Nise, o ato de inventar algo nos concede o privilégio de participar ativamente do plano de Criação e nos faz cunhar e compreender o belo. Esse processo nos impulsiona a enxergarmos possibilidades onde nunca poderíamos imaginar. Nise da Silveira sempre acreditou, batalhou durante toda a sua vida por isso, muitas vezes sendo ridicularizada e desvalorizada. No entanto, ela não desanima e nos ensina que para navegar contra a corrente são necessárias condições raras:
• Espírito de aventura,
• Coragem,
• Perseverança
• Paixão.
Todo mundo deve inventar alguma coisa, a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente é o estímulo à criatividade. Ela é indestrutível. A criatividade está em toda parte.” (Nise da Silveira)
Nise demonstrava ser uma forte defensora da expressão da loucura como uma fonte necessária para a vida humana.
“Não se cura além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas muito ajuizadas.”
(Nise da Silveira)
Nise da Silveira deixou para nós, amantes da psicologia e fascinados pelos mistérios da Psique humana, um grande legado:
• Implantou a terapia ocupacional no universo psiquiátrico;
• Utilizou a arte para tratar problemas graves de saúde mental;
• Revelou as emoções dos esquizofrênico, através da humanização;
• Suas realizações despertaram o interesse de Carl Gustav Jung.
“A configuração de mandala harmoniosa, dentro de um molde rigoroso, denotará intensa mobilização de forças auto-curativas para compensar a desordem interna. Então pedi para que fotografassem algumas mandalas e as enviei com uma carta para C. G. Jung, explicando o que se passava. Foi um dos atos mais ousados da minha vida.” (Nise da Silveira)
No ano de 1957, Nise é convidada por mestre Jung para estudar no Instituto Junguiano, em Zurique, na Suíça, onde sua grande realização consistiu na exposição do acervo do Museu de Imagens do Inconsciente no II Congresso Internacional de Psiquiatria. Na volta ao Brasil, em 1958, ela criou o Grupo de Estudos C. G. Jung no Estado Rio de Janeiro.
Nise da Silveira carregava em seu interior uma forma muito intensa e particular de olhar o ser humano. Tinha definitivamente a humanidade e a empatia em suas atitudes e na sua forma subjetiva de tratar o outro.
Nise tratava cada um de seus clientes de maneira muito especial e incondicional. Cada um era visto e encarado de forma única e muito particular.
Há beleza na vida, há beleza em tudo. Vocês veem?… Há beleza na alegria, e mesmo na saudade, na tristeza, no sofrimento e até na partida, há beleza. A vida é uma beleza.” (Nise da Silveira).
É preciso parar um pouco diante da correria da vida para podermos observar o essencial, que muitas vezes, deixamos de perceber, pois são tantos os problemas, tantas preocupações, dores, angústias e decepções. Nise sempre conduziu o seu trabalho com muito carinho e competência e nos ensinou que muitas vezes o nosso olhar para o mundo se limita e perdemos a visão que nos dá a capacidade de enxergar aquilo que está além das nossas forças.
Que tal se aprofundar mais seus conhecimentos sobre A vida e obra de Nise da Silveira, a criadora do Museu de Imagens do Inconsciente.
Com a equipe técnica do Museu de Imagens do inconsciente:
Eurípedes Gomes da Cruz Junior e Luiz Carlos de Mello.
Serão apresentados os fundamentos teóricos que embasaram o trabalho da Dra. Nise em uma dimensão histórica e epistemológica do assunto.
A Dra. Nise da Silveira chamava de “projeto Chaplin” ao desejo utópico de fazer uma leitura não verbal das imagens.
A leitura das imagens foi o grande fio condutor de toda a sua pesquisa no Museu de Imagens do Inconsciente.
As imagens produzidas por pacientes psiquiátricos ou indivíduos que não se enquadram nas normas habituais do campo da arte foram objeto de leituras realizadas nos campos da medicina e da arte, com cruzamentos e intercessões.
Conhecer a história da formação das coleções de obras produzidas por essas pessoas e as leituras e apropriações que delas foram feitas irão comprovar o diferencial da abordagem de Nise da Silveira e também nos fazer compreender as implicações éticas, trazendo uma dimensão histórica da evolução da importância dessas obras para a estética contemporânea e a prática terapêutica.
Com apresentação de Casos clínicos.
Datas:
15/09/2017 – sexta-feira – 19:30 às 22:30.
16/09/2017 – Sábado – 09:00 às 18:00.
17/09/2017 – Domingo – 09:00 às 13:00.
Local: Instituto Freedom Vila Mariana São Paulo/ SP – Brasil
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1 comentário
[…] interessante situar que antes desses movimentos da Reforma Psiquiátrica, psiquiatras como a Dra. Nise da Silveira, resistiam a tratamentos agressivos como a lobotomia e o eletrochoque, buscando formas mais humanas […]