“Na década de 1920, Jung começou a usar a Arte como parte do tratamento, pedindo aos clientes que fizessem desenhos, representações de imagens de sonhos e de situações conflitivas, que considerava como simbolização do inconsciente individual ou, muitas vezes, do inconsciente coletivo, decorrente da cultura nas diversas civilizações.” Técnicas de oficinas expressivas: A Arte como forma de ressignificação, pg.21
A Arte tem um papel na vida do ser humano indispensável desde tempos primórdios da pré história. Como forma de expressividade individual ou para coletividade. Tem a função de educar, informar e entreter. Ela estimula a percepção, a sensibilidade, a cognição, a expressão e a criatividade. Sua função social também é de suma importância, a de reinserir pessoas na sociedade e de ampliar os horizontes de cidadãos marginalizados.
Jung ao inserir a arte como parte de seu tratamento com os pacientes reconhece sua importância, valor e flexibilidade. Utilizando-a como meio de acesso à psique humana, gerando espaço para jornada ao autoconhecimento e processo de cura como caminho para a saúde mental.
O ato criador deve ser sempre livre no setting terapêutico, não no sentido de ser diferente ou novo mas sim, no sentido do original. O espaço aberto pela arte possibilita a fluidez dos sentimentos, das memórias e dos sonhos c21ontribui para o processo de autoconhecimento de busca das origens no fundo da alma da existência humana.
Segundo a etimologia das palavras criatividade que vem do francês, couer é coração, arte do latim ars, arts, de agere, agir, movimento e terapia, transformação, cura. Podemos dizer que o arteterapeuta trabalha com os registros dos movimentos do coração. A arteterapia é a possibilidade de transformar, curar o coração por meio da arte.
Arteterapeuta Trícia Penna, AATESP 494/0319
Referências Bibliográficas
Santesso, Wilma Antonia Nubiato. São Paulo, Ed. do Autor, pg. 21, 2015.