Quando se trata do universo dinâmico da Gestão de Pessoas, compreendemos que não basta apenas traçar estratégias alinhadas aos objetivos empresariais. É imprescindível também direcionar nosso olhar como líder ou gestor para o aspecto subjetivo dos colaboradores, pois as questões comportamentais exercem uma influência monumental no cotidiano das empresas.
Neste artigo, apresentaremos uma coletânea de informações que dissecam a realidade das empresas brasileiras, proporemos uma reflexão sobre isso e apresentaremos uma solução inédita, capaz de revolucionar essa realidade.
O Paradoxo da Eficiência
É sabido para quem trabalha no setor de Recursos Humanos ou na gestão de pessoas que uma das métricas mais relevantes a serem analisadas nas empresas é em relação à performance e produtividade.
Para isso, são adotadas ferramentas como avaliações de desempenho, instituição de metas e exigência de comportamentos específicos dos colaboradores. No entanto, enquanto há um foco estratégico nos resultados tangíveis que impulsionam as organizações rumo ao sucesso, pesquisas revelam um paradoxo alarmante.
Esta busca incessante por eficiência está deixando os colaboradores cansados e doentes, elevando cada vez mais o número de afastamentos relacionados com doenças de trabalho, o que acaba também comprometendo a saúde da empresa.
Imagine por exemplo, uma vendedora que é cobrada por sua gestora a bater uma meta de vendas para o Dia das Mães. Se a exigência for muita e a vendedora não tiver um espaço de escuta, em junho, no Dia dos Namorados, é capaz dela pedir um afastamento por Burnout por não ter condições de fazer mais vendas.
Infelizmente, esta realidade é apontada por pesquisas como a realizada pela Conexa, que aponta que quase 90% das empresas brasileiras enfrentaram pelo menos um caso de afastamento por questões de saúde mental no ano de 2023.
Aprofundando-nos nesta problemática, percebemos o impacto nocivo que tal cenário exerce tanto na saúde dos colaboradores quanto das próprias empresas. A pesquisa do Mundo RH é elucidativa ao revelar que 90% dos brasileiros se encontram insatisfeitos em seus empregos. Como podemos, então, exigir melhorias de desempenho e produtividade de indivíduos que enfrentam esgotamento emocional e físico?
Fortalecendo os Alicerces Organizacionais das empresas
Diante desse contexto desafiador, torna-se imperativo adotar uma abordagem preventiva, que exerça uma influência positiva na empresa e na forma como os sentimentos, emoções e comunicação são conduzidos.
Para isso, uma das ferramentas mais adotadas é a pesquisa de clima, meio através do qual, são identificadas lacunas, permitindo assim a implementação de ações eficazes para melhorar o bem-estar dos colaboradores e, consequentemente, a performance organizacional. É através dos feedbacks proporcionados por ela, que surgem insights valiosos que podem aprimorar a cultura corporativa e fortalecer os laços dentro da equipe.
No cerne dessa questão, a comunicação emerge como um pilar fundamental. Especialmente em um cenário pós-pandemia, onde o trabalho híbrido se tornou mais comum, a habilidade de se comunicar tornou-se crucial. A pesquisa “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”, elaborada pela The School of Life em parceria com a Robert Half, destaca que a comunicação é a competência mais ausente nos líderes. Cerca de 32% não possuem esta habilidade desenvolvida, o que pode ser um dos fatores por trás de tanta dificuldade na escuta e nos números alarmantes de afastamentos por conta de doenças do trabalho.
Competências Comportamentais
De fato, é inegável que as Soft Skills exercem um papel importante para a garantia do sucesso da gestão de pessoas em uma empresa.
As Soft Skills são as habilidades interpessoais e sociais relacionadas com a maneira como nos relacionamos com os outros e lidamos com situações diversas no ambiente de trabalho. Alguns exemplos dessas habilidades são: comunicação eficaz, trabalho em equipe, liderança, capacidade de inspirar e resolver problemas, adaptabilidade, empatia e inteligência emocional.
No entanto, uma pesquisa feita pela Page Personnel aponta que 9 em cada 10 profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo comportamental. Isso pode significar que as chamadas Hard Skills estão sendo mais valorizadas pelas empresas. Entretanto, são as Soft Skills que geram os transtornos que elevam a taxas elevadas de absenteísmo, afastamentos e até mesmo desligamentos.
Já está mais do que claro que olhar para a subjetividade de cada colaborador é uma peça fundamental para garantir uma gestão mais eficiente, mas como fazer isso?
A Psicologia Analítica e a Gestão de Pessoas nas empresas
Ao nos depararmos com os desafios cada vez mais complexos do ambiente corporativo contemporâneo, a Psicologia Analítica emerge como uma solução inovadora e inédita para fortalecer a gestão de pessoas.
Fundamentada em conceitos como arquétipos, complexos, sombra e individuação, esta abordagem desenvolvida por Carl G. Jung oferece uma visão única e profunda sobre a dinâmica da psique humana e seus reflexos nas relações interpessoais e organizacionais.
Através dela, nos tornamos capacitados para, pautados em uma teoria científica e psicológica, compreender os elementos inconscientes que permeiam o comportamento humano. Assim você que é gestor ou líder, torna-se capaz de identificar os desafios e desenvolver estratégias eficazes e humanas para promover o bem-estar dos colaboradores e impulsionar a performance organizacional.
Se você está cansado das mesmas soluções de sempre, o curso pioneiro “Psicologia Analítica Aplicada À Gestão de Pessoas” vai te fortalecer e facilitar os desafios na gestão de pessoas.
Por meio de uma jornada de aprendizado que aborda temas fundamentais da psicologia analítica relacionados diretamente ao contexto empresarial. Este curso oferece uma oportunidade única de desenvolvimento profissional. Desde Recrutamento e Seleção até Liderança, os participantes serão capacitados a integrar os princípios da psicologia analítica em suas práticas de gestão de pessoas, promovendo assim um ambiente de trabalho mais autêntico, significativo e saudável para todos os envolvidos.
Em breve, o Instituto Freedom e a psicóloga especialista Kelly Lira lançarão o curso “Psicologia Analítica Aplicada à Gestão de Pessoas”.
Compartilhe este artigo com um colega que também busca promover uma cultura organizacional mais saudável e humana e ultrapasse as paredes do consultório. Atue no ambiente gerador de inúmeros adoecimentos emocionais e psicológicos: o trabalho.
REFERÊNCIAS
https://www.gupy.io/blog/recursos-humanos
https://blog.solides.com.br/tudo-sobre-clima-organizacional/
https://exame.com/bussola/comunicacao-e-rh-uma-relacao-que-tem-tudo-para-dar-certo/
https://www.mundorh.com.br/90-dos-brasileiros-estao-infelizes-no-trabalho/
2 comments
A psicologia analítica não e’ reducionista nem foi criada e desenvolvida por Jung para atender dificuldades de comportamento nas empresas.
Olá Solange, tudo bem?
Você está corretíssima.
A ideia deste texto é trazer uma reflexão de como a psicologia analítica pode contribuir para a individuação das pessoas que trabalham nas empresas, amenizando os adoecimentos gerados pelo excesso de produtividade.
Te convido a conhecer mais sobre o assunto com a professora junguiana Kelly Lira: https://cursopsicologiaanalitica.com.br/gestao-de-pessoas-e-rh/